Intitulada ‘Exotismos — Repensar o Passado Próximo’, a mostra reúne esculturas, algumas delas sonoras, e instalações de vídeo, desafiando os visitantes a “reconsiderar a forma como se perceciona o ‘outro’ e as narrativas associadas à alteridade”, segundo um comunicado da organização.
Entre as obras expostas encontram-se peças que utilizam frutas e plantas frequentemente associadas ao “exótico”, usadas pelo artista para questionar as definições de civilização e diferença.
A série ‘É por isso que me Lembrei do Passado, por ter Medo do Futuro…’ também estará em exibição, explorando relações de dependência, interdependência, submissão e poder, contextualizadas no âmbito familiar, social e histórico.
“As obras sugerem uma coexistência complexa entre o natural, o humano e o histórico, convidando a uma análise profunda e ponderada das conexões entre estes universos”, indica ainda a organização, sobre as peças de Vasco Araújo, artista nascido em 1975, em Lisboa, onde vive e trabalha.
O artista estudou escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e artes plásticas na Maumaus – Escola de Artes Plásticas e Fotografia, tendo realizado em 2002 a sua primeira exposição individual, na Galeria César, em Lisboa, o mesmo ano em que venceu o Prémio Novos Artistas EDP.
Através de diferentes suportes — escultura, instalação, vídeo, fotografia e performance — Vasco Araújo tem estruturado o seu discurso artístico a partir da desconstrução e reconstrução de códigos comportamentais que refletem sobre a relação do sujeito com o mundo.
O espaço cultural Casa do Jardim da Estrela, inaugurado em 2023, integra o projeto Um Teatro em Cada Bairro, da Câmara Municipal de Lisboa, acolhendo projetos de criação artística, educação ambiental e formação para a sustentabilidade.
A exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado até 20 de março, das 10h00 às 18h00, com entrada gratuita.
Leia Também: Centenário de Kafka assinalado no Porto com exposição e ciclo de leitura