Em 27 de outubro de 1782, nascia em Gênova, na Itália, Niccolò Paganini, considerado um representante do Romantismo que renovou o jeito de tocar violino.
Recebeu as primeiras lições do pai, Antônio, e antes mesmo dos seis anos, teve aulas com os melhores professores da cidade. Mas as primeiras apresentações em público começaram aos oito anos. Aos 13 anos, ficou conhecido como a “criança-maravilha”. Viajou à cidade de Parma para ampliar o conhecimento, mas os professores disseram que não tinham nada a acrescentar. Passou, então, a fazer seus próprios exercícios e chegava a tocar 15 horas por dia. Foi quando também começou a compor – mas só aos 27 anos Paganini passou a executar as próprias composições.
Em 1828, aos 45 anos, iniciou uma volta à Europa que durou seis anos. Por onde passava era aclamado: a execução de passagens delicadas chegava arrancar lágrimas de quem assistia. Por vezes, tocava com tanta energia e velocidade que as pessoas diziam que Paganini tinha pacto com o Diabo.
Ele gostava de mostrar habilidades, como afinar a corda sol meio tom acima ou tocar apenas com a corda sol, cortando as outras três. Também inovou: memorizava todo o programa, subia no palco e tocava sem partitura. Paganini ganhou muito dinheiro, mas gastava com jogatina e mulheres.
Chegou a perder até o violino no jogo, mas um rico mercador francês emprestou-lhe outro. Depois do concerto, o mercador ficou tão entusiasmado que deu de presente o instrumento a Paganini. Este violino foi legado ao povo de Gênova, e até hoje está preservado no museu dedicado ao artista.
Considerado por muitos como o maior de todos os tempos, foi um ídolo que influenciou compositores como Schumann, Liszt e Berlioz. Compôs várias obras, entre elas os 24 caprichos para violino. Paganini morreu na cidade de Nice, na França, em 27 de maio de 1840, aos 58 anos.
História Hoje é um quadro da Rádio Nacional publicado de segunda a sexta-feira na Radioagência Nacional. Ele rememora acontecimentos marcantes e curiosidades de cada dia do ano. Acesse todos os episódios aqui.
História Hoje
Edição: Beatriz Arcoverde
Apresentação: José Carlos Andrade
Sonoplastia: Messias Melo
Publicação Web: Renata Batista