Para dimensionar a crise provocada pela pandemia no setor cultura no Brasil, foi realizada uma pesquisa entre julho e setembro deste ano em todo o território nacional. O levantamento contou com o apoio da UNESCO no Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC), da Universidade de São Paulo (USP), do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e de 13 Secretarias Estaduais de Cultura.
De acordo com o levantamento, as artes cênicas foram as mais afetadas, com a perda total de receita para 63% dos profissionais. Ainda segundo a pesquisa, nesse setor, a maioria dos artistas que atuam na área de circo (77%), em casas de espetáculo (73%) e no teatro (70%) perderam a totalidade de suas receitas entre maio e julho. Entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal registrou as maiores perdas totais de receita entre maio e julho (59,2%), enquanto o Mato Grosso do Sul registrou o menor percentual (16%).
A crise de saúde provocada pelo novo coronavírus mergulhou a economia global em uma recessão. Enquanto bilhões de pessoas em todo o mundo vêm recorrendo à cultura como fonte de conforto e conexão, o impacto do COVID-19 atingiu fortemente o setor criativo.