Rafael Moreira. Governo diz que História da Arte “perdeu um dos grandes”



Rafael Moreira, que morreu no domingo em Lisboa aos 77 anos, foi um “investigador incansável, traçando um périplo formativo à escala dos vários continentes, deixando um rasto qualificado em todos os cursos que lecionou, conferências que proferiu ou textos que deixou em lições magistrais”, lê-se em nota de pesar divulgada hoje.

 

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e a secretária de Estado, Maria de Lurdes Craveiro, consideram que Rafael Moreira “explorou de forma inovadora os potenciais da cultura do Renascimento em Portugal […] e deu credibilidade à Arquitetura Militar como ramo do saber, simultaneamente autónomo e em permanente articulação”.

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Rafael Moreira estava ligado à Universidade Nova de Lisboa desde 1978, no departamento de História de Arte e como professor associado durante toda a carreira.

Considerado uma referência em Renascimento e Arquitetura Militar, Rafael Moreira doutorou-se em História de Arte, em 1991, naquela universidade, onde abriu também duas áreas de investigação: “Arte Colonial Portuguesa” (1992) e “Arquitetura Militar” (1998).

Também foi professor convidado nas universidades de Innsbruck, na Áustria, e de Toulouse, em França.

Em 2023 foi publicada a sua tese de doutoramento “O Renascimentos no Sul de Portugal. A encomenda régia entre o Moderno e o Romano” que, no entender do Ministério da Cultura, “direcionou o caminho da historiografia para a relação de forças entre o edificado e a cultura erudita que chegava então a Portugal”.

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